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Como startups ajudam a reinventar no jornalismo?

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Por Cíntia Gomes | 06.07.2017

Publicado em 06.07.2017 | 19:16 | Alterado em 02.10.2018 | 17:52

Tempo de leitura: 2 min(s)

“Quando se tem uma startup ninguém sabe falar melhor dela do que você”

Em busca de se manter no mercado tem sido cada vez mais comum que jornalistas criem seu próprio negócio ou projeto de comunicação. Como fazer isso foi um dos temas em debate durante o 12º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), realizado na última semana, em São Paulo.

Participantes se inscrevendo nas atividades do 12º Congresso Abraji (Créditos: Cíntia Gomes)

Sérgio Spagnuolo, do Volt Data Lab, e Tai Nalon, do Aos Fatos, conversaram com os participantes sobre “O que é preciso para começar uma startup de jornalismo”.

Após sair da grande imprensa e optar por trabalhar apenas com freelas, a jornalista Tai Nalon percebeu em seis meses que seria difícil se manter apenas assim. Foi aí que surgiu a ideia de criar a sua própria startup.

“Produzir conteúdos irrelevantes foi o que me motivou a sair da redação tradicional. Foi assim que entrei na área de fact-checking”, relembra, citando o projeto busca investigar se informações divulgadas são verdadeiras.

“Hoje somos uma equipe de sete pessoas presentes no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, que se conversam virtualmente todos os dias”, revela.

Já Spagnuolo contou que para a sua agência chegar onde está hoje, foi preciso aprender e experimentar vários negócios. Ele explicou que para montar uma startup é preciso desenvolver uma marca para conquistar audiência, criar parceiros e não deixar de produzir, mesmo que não se tenha lucro.

“Quando se tem uma startup ninguém sabe falar melhor dela do que você. Para divulgar o trabalho tem que ser quem está envolvido desde o começo, então se você não entende muito de negócio vai ter que aprender na prática”, orienta.

Sérgio Spagnuolo, durante palestra no 12º Congresso Abraji de Jornalismo Investigativo (Créditos: Cíntia Gomes)

Ao serem questionados sobre como se sustentar com esse modelo de negócio, ambos concordaram que não é possível operar com lucro, e sim conciliar a verba anual disponível e continuar produzindo sem margem de ganhos. Por isso, é preciso que seu negócio tenha um diferencial, e que procure inovar e criar novos produtos constantemente.

Para Tai Nalon uma alternativa são os projetos de financiamento colaborativo online (crowdfunding). “Tanto a Volt Data Lab quanto Aos Fatos, como diversas outras novas empresas de jornalismo, como A Pública, Ponte, Agência Mural, utilizaram dessa maneira de arrecadação de verba”, exemplificou.

Durante o Congresso outros painéis falaram sobre como se reinventar no mercado jornalístico, um deles foi “Como viver de freela?” com o jornalista Alexandre de Santi, da Agência Estúdio, que compartilhou sua experiência fora das redações como freelancer e deixou cinco dicas para quem quer seguir esse caminho: ser versátil, entregar o que promete, ser organizado, não ter um custo de vida alto e cultivar projetos próprios.

“Não se deve aceitar propostas quando não tem certeza se pode entregar exatamente o que foi pedido e no prazo. A reputação e credibilidade são ferramentas fundamentais de trabalho do repórter freelancer”, afirma Santi.

Cíntia Gomes é correspondente do Jardim Ângela
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