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Dicas de rolês nas quebradas no primeiro fim de semana sem a obrigatoriedade de máscara

Por: Pietra Alcântara

O tempo passou, a pandemia não acabou, mas cá estamos nós com uma programação cheia de dicas presenciais. Mesmo assim, toda semana reforçamos aqui no Rolê na Quebrada a importância dos cuidados e protocolos de segurança, além da vacinação.

Agora, no estado de São Paulo, o uso de máscaras não é mais obrigatório ao ar livre. Mas recomendamos levar a máscara pois, nos ambientes fechados, é preciso usá-la.

As dicas de eventos incluem o lançamento do livro “Pangeia”, que aborda a ancestralidade das mulheres latino-americanas e africanas. Além disso, tem show do mês do hip hop, com vários artistas das periferias da capital em destaque. Bora?

Dança

A partir da próxima quarta-feira (16), a Fábrica de Cultura Jardim São Luís também recebe o espetáculo de dança “Vala: Corpos Negros e Sobrevidas”. Neste espetáculo, a Cia. Sansacroma apresenta “uma disputa de imaginários onde corpos negros se alto reconstroem e são sementes, são vias de sobrevidas constantes, afirmando uma desobediência civil e colonial”.

A direção artística do espetáculo é de Gal Martins, que utiliza como base as reflexões do filósofo camaronês Achille Mbembe para abordar o genocídio da juventude negra no Brasil.

Espetáculo inspirado nas reflexões do filósofo camaronês Achille Mbembe @Lua Santana

As apresentações são nos dias 16, 17, 18 e 19 de março, às 19h, e são gratuitas. Não é preciso se inscrever para a entrada, mas recomenda-se a chegada com antecedência no local.

Vala: Corpos Negros e Sobrevidas

Dia e horário: 16, 17, 18 e 19/3 às 19h

Local : Fábrica de Cultura Jardim São Luís

Endereço: Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – Parque Santo Antônio – São Paulo

Preço: Entrada gratuita

Domingo na praça

Em homenagem ao mês da mulher, o projeto “Peritrônica: Periferia Eletrônica – Música sem Fronteiras” celebra a data com muita arte e música em um evento em Pirituba, na zona noroeste da cidade.

A programação é gratuita, das 10h às 21h na Praça Monsenhor Escrivá (Praça do Skate), no domingo (20). A proposta do evento é dar mais visibilidade aos artistas locais e enaltecer a economia criativa da região.

Projeto Peritrônica acontece desde 2015 de forma itinerante @Divulgacão/Instagram

Entre as atividades programadas estão shows, grafite, DJs, desfile plus size, exposição de fotos por Sabine Cazaline, artesãos locais e food trucks, além da presença da assistente social Eliane Cléa que estará disponível para conversar com o público sobre violência doméstica.

Os participantes da festa ainda concorrerão a prêmios. As obras produzidas pela artista LadyBrown serão sorteadas durante o evento.

Projeto Peritrônica: Mulheres

Dia e horário: 20/3 das 10h às 21h

Local: Praça Monsenhor Escrivá (conhecido como a praça do Skate) – Pirituba – São Paulo

Preço: Gratuito

Show gratuito

O pocket show de Filhas de Elza apresenta a dupla de musicistas composta pela baterista e percussionista Pitee Batelares e pela cantora e compositora Flávia Pantaleão. O rolê será na Fábrica de Cultura Jardim São Luís, na zona sul.

Filhas de Elza com show grátis na zona sul @Divulgacão/Instagram

O repertório vem cheio de canções autorais das artistas, ambas mulheres LGBTQIA+, periféricas e sobreviventes da música. O evento tem público limite de 40 pessoas.

Pocket show Filhas de Elza

Dia e horário: 11/3 às 19h30

Local: Fábrica de Cultura Jardim São Luís

Endereço: Rua Antônio Ramos Rosa, 651 – Parque Santo Antônio – São Paulo

Preço: Gratuito

Ancestralidade em livro

Já no sábado (12), vai rolar o lançamento do livro “Pangeia – Entre Elos – Palavra de Mulher”, no espaço cultural Bloco do Beco, que fica no Jardim Ibirapuera, extremo sul de São Paulo.

O livro reúne relatos históricos, poesias e fotografias que abordam a ancestralidade africana, indígena e a cultura do bordado. O projeto é resultado do trabalho da coletiva Tear & Poesia de Arte Têxtil – Preta Nativa.

Composta por mulheres que atuam e residem há quase 20 anos na região sul da cidade, o grupo atua com foco em dialogar com a mulheres imigrantes africanas, latino-americanas e caribenhas.

Atividade de bordado na aldeia Tekoa Tape Miri, realizada em 2019, em São Paulo @Divulgacão

A ideia é expor semelhanças entre grafismos nativos brasileiros, indígenas e africanos. Segundo Rita Maria, produtora cultural e co-fundadora da Tear & Poesia, a pesquisa feita para a publicação aborda a memória, ancestralidade e tradições dos povos africanos e indígenas nas Américas e suas ramificações nas periferias brasileiras.

“O bordado tem origem profunda na África e era feito inclusive por homens, e a gente nota essa característica na produção dos bordados. Temos exemplos como em Pernambuco com os maracatus; no Maranhão com a cultura do boi, em que os participantes têm suas vestes tecidas e bordadas fantasticamente, e os povos indígenas nativos de Abya Yala na América”, conta.

Lançamento “Pangeia”

Dia e horário: 12/3 das 10h às 14h

Local : Espaço Cultural Bloco do Beco

Endereço: Rua Bento Barroso Pereira, 2 – Jardim Ibirapuera – São Paulo

Preço: Entrada gratuita

Só showzão

Assim como a dica da semana passada, as atrações do mês do hip hop continuam na cidade de São Paulo. No domingo (13), a Praça das Artes, no centro, recebe artistas como o rapper Coruja BC1, de Osasco, da rapper Bivolt, cria da Favela do Boqueirão, na zona sul, Black Alien, entre outros. Confira a programação no site do evento.

Coruja BC! faz show gratuito na Praça das Artes @Pedro Sanaa/Divulgação

Shows mês do hip hop

Dia e horário: 13/3 a partir das 14h

Local: Praça das Artes

Endereço: Avenida São João, 281 – centro histórico de São Paulo

Preço: Gratuito

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