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Grávidas brasileiras são as que mais morrem por Covid-19 no mundo; ouça o podcast

Moradoras das periferias falam sobre a gestação durante a pandemia de Covid-19 e os cuidados tomados para seguir em segurança

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Por: Redação

Notícia

Publicado em 22.07.2020 | 23:30 | Alterado em 23.07.2020 | 11:56

Tempo de leitura: 3 min(s)

Como medida de segurança, desde dia 13 de abril, o Ministério da Saúde passou a considerar mulheres grávidas e puérperas como grupo de risco do coronavírus.  

O “Em Quarentena” conversou com algumas mulheres para saber como elas estão lidando com essa situação e quais são as principais dificuldades do período atual. 

A correspondente da Agência Mural Halitane Rocha, 24, mora em Cotia, na Grande São Paulo, e está grávida de 7 meses, de gêmeas. Além de estar no grupo de risco da Covid-19 por conta da gestação, ela também tem bronquite. Halitane falou sobre a tensão que tem vivido.

“Saber que as grávidas brasileiras são as que mais morrem me deixou ainda mais preocupada, especialmente porque existem dois grandes fatores para isso, que são grávidas que não puderam fazer home office ou que não puderam ter um auxílio para ficar em casa, em isolamento, e precisam sair para garantir o sustento. O outro fator é o atendimento do pré-natal, que a gente sabe que em muitos lugares é meio escasso”. (ouça a partir de 00:54)

Mesmo não tendo dificuldades em Cotia para realizar seu pré-natal, a correspondente da Mural comentou sobre essa realidade. “Acompanho diversos relatos. Conhecidas que estão com dificuldades de marcar exames e fazer um acompanhamento melhor. Estar puérpera é mais complicado ainda, porque a mulher precisa de uma ajuda também para poder cuidar da criança nos primeiros dias de vida e não tem um suporte melhor para poder cuidar da saúde”. (a partir de 01:56)

O podcast da Agência Mural, já falou sobre o tema no episódio 24. Na época, a conversa foi com a moradora de Osasco, Natasha, grávida de sete meses. Na ocasião ela contou sobre as dificuldades que as gestantes que dependem da rede pública estavam enfrentando na cidade de Osasco. “O posto marcava [consultas], mas agora as UBSs não estão mais marcando consultas, nem ultrassons, não colhem exames e nem dão vacinas”. (em 02:54)

Rocha também compartilhou como tem sido ficar em isolamento social e manter o distanciamento dos familiares e amigos. “Não tem sido fácil, porque esse é um momento que todo mundo quer acompanhar de perto e ver a barriga crescer. Querem acompanhar todo o processo com as crianças. Mas a gente entende que o melhor agora para as crianças é deixá-las afastadas das pessoas. Então a gente evita bastante os contatos”. (em 03:59)

Preocupada também com outras mulheres grávidas, principalmente, as que continuam trabalhando para garantir o sustento, Halitane reforçou as dificuldades da gestação e pós-parto e que foram intensificadas com a chegada do coronavírus. “Ter que ir no hospital e na maternidade já é uma condição de risco. E após isso, o imunológico dela [mãe] e da criança fica mais fraco.  Essa mulher precisa de apoio e de um suporte para poder cuidar da criança nos primeiros dias de vida e não há”.  (em 04:50)

Ouça este bate papo completo no Em Quarentena #73: Grávidas brasileiras são as que mais morrem por Covid-19 no mundo.

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Viver em meio ao coronavírus não deve estar sendo fácil para ninguém. Imagina então para quem vive nas periferias.

O “Em Quarentena” é o podcast especial que a Agência Mural de Jornalismo das Periferias criou neste momento da pandemia. Queremos informar, com notícias do dia a dia, quem mais precisa se virar meio a esse caos.

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