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Prédios ocupados no centro de SP começam a ser vistoriados pela Prefeitura

A expectativa é que, nos próximos 45 dias, os 70 prédios ocupados na região central da capital paulista sejam vistoriados por técnicos e movimentos de moradoria

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Por: Redação

Publicado em 09.05.2018 | 13:58 | Alterado em 09.05.2018 | 13:58

Tempo de leitura: 2 min(s)
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Edíficio Wilton Paes de Almeidana, no último dia 1º, no na região central de São Paulo (Humberto Muller/32xSP)

Nos próximos 45 dias, a Prefeitura de São Paulo espera vistoriar os 70 prédios ocupados na região central. Para alcançar essa meta, a administração municipal montou cinco grupos técnicos compostos por engenheiros da prefeitura e pessoas indicadas por movimentos de moradia. Endereço dos locais, no entanto, foram mantidos em segredo.

A decisão foi tomada após o desmoronamento do edíficio Wilton Paes de Almeida na no dia 1º de maio. Nesta segunda-feira (7), a reportagem da Rádio Nacional visitou quatro ocupações. Somente em uma delas a força tarefa das vistorias tinha passado. O local fica na Av. São João, bem próximo ao desastre, lá os moradores não quiseram gravar entrevistas.

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Já no Caveirão, obra abandonada que fica na Sé, bem no coração de São Paulo, a expectativa é grande. O prédio de tijolos aparentes é apontado com uma das ocupações em situação mais crítica. O receio das pessoas é que elas sejam obrigadas a deixar o lugar sem que o problema da moradia seja resolvido, como contou Nataly Santos de Lima, de 27 anos.

Nataly está grávida e mora no prédio com o marido e duas filhas pequenas. Ela é faxineira e vende lingerie. O marido, ajudante geral. Ao contrário de outras ocupações, não existe um movimento organizado gerenciando o Caveirão.

Já os moradores da Ocupação Luana Barbosa, que fica na zona oeste da cidade, não sabem se o prédio de 3 andares onde vivem 20 famílias está na lista de vistoria da prefeitura, mas no último sábado viram um buraco ser aberto em uma das paredes do imóvel, como conta o coordenador da ocupação Renato Vieira

O prédio foi desapropriado há cinco anos para a construção da Linha 6 Laranja do Metrô. Com as obras atrasadas e sem previsão de retomada, foi ocupado pelo Movimento Terra Livre em dezembro do ano passado. Há dois meses a justiça negou a reintegração de posse.

Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos informou que o desmoronamento do edifício motivou o consórcio Move, responsável pelas obras da linha, a entrar com um novo pedido de reintegração de posse, mas que o buraco aberto na parede foi feito acidentalmente e os reparos foram providenciados.

Na ocupação Leila Khaled, onde mais da metade dos moradores é formada por refugiados, principalmente vindos da Síria, a expectativa das vistorias também é grande, mas nenhum morador concordou em gravar entrevista.

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Segundo a defensora pública do Núcleo de Habitação, Luiza Lins Veloso, o compromisso da prefeitura é de que as vistorias não resultem em remoções.

A reportagem pediu um balanço do primeiro dia de vistorias, mas não teve resposta. Nessa segunda-feira, engenheiros da prefeitura prestaram esclarecimentos sobre o incêndio que atingiu o edifício no Largo do Paisandu antes do desabamento.

Texto publicado originalmente pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação)

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