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Saúde em Santo André é tema de reivindicação de moradores nas eleições

Mudança em postos de saúde causou polêmica nos últimos meses; prefeitura diz que manteve atendimentos e reforma ampliará atendimento

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Helber Aggio/PSA

Por: Katia Flora

Notícia

Publicado em 05.11.2020 | 11:46 | Alterado em 05.11.2020 | 12:07

Tempo de leitura: 3 min(s)

Gabriela Versuri Cavlak, 37, nasceu e cresceu na periferia de Santo André, na Grande São Paulo, e conhece de perto os problemas da cidade. Ela trabalha com mídias digitais e questiona algumas promessas da atual gestão.

Ela diz que o prefeito Paulo Serra (PSDB) prometeu investir na saúde, a construção do hospital Vila Luzita e mais US (Unidades de Saúde), mas durante a pandemia fechou duas unidades da Vila Guiomar, Vila Luzita e o hospital de campanha do estádio Bruno Daniel.

“Como a prefeitura resolve fechar equipamentos públicos nesse momento tão delicado na saúde? Infelizmente as pessoas que moram nas periferias são as que mais precisam de atendimento”, afirma.

A Prefeitura de Santo André afirma que, apesar do fechamento do hospital de campanha do Estádio Bruno José Daniel, continua com dois hospitais de campanha, o Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia e no ginásio da UFABC (Universidade Federal do ABC).

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Prefeito em instalação do hospital de Campanha na Universidade do Grande ABC, em Santo André @Helber Aggio/PSA

A gestão diz que “considera a estabilidade nos casos de contaminação pelo novo coronavírus na cidade”.

Sobre as unidades de saúde da Vila Guiomar e Pronto Atendimento da Luzita, a prefeitura afirma que houve apenas uma readequação de fluxo nos locais. O PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita está passando por obras de modernização para ser transformado em UPA de Santo André.

“A reforma não prejudicou o atendimento segue normalmente. O Hospital do Idoso da Vila Luzita está com obras em andamento”, afirma a gestão Paulo Serra.

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RENOVAÇÃO

Este ano, há 28 prefeitos na disputa pela reeleição na Grande São Paulo, aponta levantamento da Agência Mural. Boa parte deles apostaram no discurso de renovação para chegar ao comando da prefeitura e tentam comprovar na votação que essa renovação funcionou.

É o caso do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB). Na última eleição, ele fez a campanha com slogan “Projeto Forte, Mudança Certa”, para derrotar o petista Carlos Grana. O tom é parecido ao de boa parte dos eleitos em 2016.

Neste ano, ele tem oito adversários na disputa pelo comando do executivo. Serra agora usa o mote Santo André da Gente”.“Não foi fácil colocar a casa em ordem, sanear as contas públicas, cortar gastos e regalias, para recuperar a credibilidade financeira e voltar a atrair investimentos”, alega o prefeito em seu plano de governo.

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Jardim do Estádio, em Santo André, na Grande São Paulo @Thamires Monteiro/Agência Mural

No entanto, moradores apontam que nem todos os compromissos saíram do papel. Segundo Versuri outra proposta que não foi cumprida são as creches. “As crianças precisam de um amparo pedagógico, as que existem estão em situação precária”, relata.

A atual administração informa que vai entregar dez novas creches. Deste total, oito já foram inauguradas e outras duas estão em construção, com previsão de entrega ainda neste ano, o que vai permitir a Santo André zerar o déficit por vagas.

Morador do bairro Utinga há 35 anos, Cícero Carlos Teotônio da Silva,46, professor de dança, tem outra visão da cidade. Ele foi um dos pacientes internados no ginásio Della Antonia, testou positivo para o novo coronavírus.

Silva diz que estava ajudando um amigo a produzir vídeos de aulas de danças na escola que é proprietário. O amigo dele era assintomático e não sabia que estava infectado, logo após teve gripe forte comprou remédio, mas não adiantou.

Quando foi ao médico dia 12 de junho, pediram para ir direto ao hospital de campanha, onde ficou internado por 14 dias. A família fazia videoconferência para saber sobre seu estado de saúde. “Os profissionais de saúde faziam um vídeo com um tablet, para conversar com a família”.

Para ele, o prefeito Paulo Serra fez um bom trabalho no combate a Covid-19, os hospitais de campanha foram “preparados para a guerra” na prevenção da doença.

Na cidade, são 19,5 mil casos de contaminados e 656 mortes por causa da doença, segundo a Fundação Seade.

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Katia Flora

Jornalista com experiência em jornalismo online e impresso, tem publicações em diversos veículos, como Uol, The Intercept e é ex-trainee da Folha de S. Paulo no programa para jornalistas negros. Correspondente de São Bernardo do Campo desde 2014.

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