RACISMO RELIGIOSO:

o que é e como combater?

Você se lembra do caso Lázaro? Um serial killer que foi caçado e morto em uma operação policial em junho de 2021, em Goiás?

A cobertura do caso ficou marcada pela exibição de objetos de simbologia das religiosidades de matrizes africanas, associando Lázaro a rituais satânicos e bruxaria, de forma preconceituosa

À essa prática se dá o nome de racismo religioso, como explicou Jaqueline Conceição, fundadora do Coletivo Di Jeje

“O racismo religioso é esse processo de criminalização e parte de uma ideia única de experiência religiosa que é o cristianismo”

Um exemplo disso são as associações que são feitas entre o satanismo e a cultura afro-brasileira. Sendo que nem existe a figura do diabo nessas religiões...

O racismo religioso não se manifesta apenas na demonização dos símbolos religiosos, mas também de forma mais violenta, como na tentativa de fechamento de terreiros

Thayna Yaredi, candomblecista

"Precisamos de delegacias especializadas, que possam acolher as nossas demandas e organizar informações relacionadas aos nossos direitos. Um espaço voltado à compreensão do que significam os nossos dogmas"

Vale lembrar que a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a liberdade de qualquer culto e que a intolerância religiosa é crime no Brasil

Para denunciar casos de racismo religioso, é preciso registrar boletim de ocorrência em uma delegacia comum ou específica. Em São Paulo, por exemplo, existem as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância

"Não necessariamente precisa ir num terreiro, mas só de você ter a boa vontade de conversar com alguém, com algum praticante, você vai perceber que ela [a religião] tem muito a te ensinar"

Danillo dos Santos Araújo, umbandista

Cola lá no podcast Próxima Parada para aprender mais sobre
o assunto

Chuta que
É racismo!

Próxima Parada

Reportagem: Gabriela Carvalho e Halitane Rocha

Adaptação do texto:
Cleberson Santos

Edição: Tamiris Gomes

Imagens: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo, Mara Puljiz/G1DF e Reprodução/TV Globo

Arte e montagem:
Matheus Pigozzi