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Corredores de ônibus da zona norte são os mais lentos de SP

Vias também são demoradas na zona oeste e no centro; trechos da avenida Brigadeiro Luís Antônio aparecem quatro vezes entre os 10 piores

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Por: Redação

Publicado em 04.01.2018 | 10:21 | Alterado em 04.01.2018 | 10:21

Tempo de leitura: 3 min(s)
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Corredor da avenida Inajar de Souza, na zona norte da capital paulista (Fábio Arantes/SECOM)

A gerente de loja Gizella Lima Calderoni, 31, mora em Mairiporã, cidade da Grande São Paulo, mas trabalha em Perdizes, zona oeste da capital. Todos os dias, ela costuma ficar parada no trânsito entre 30 a 40 minutos no corredor de ônibus na avenida Guapira, na zona norte, para chegar de ônibus intermunicipal à estação Tucuruvi e seguir para o Terminal Barra Funda, o mais próximo do local de trabalho.

De acordo com dados da SPTrans obtidos pelo 32xSP por meio da Lei de Acesso à Informação, os corredores de ônibus mais lentos de São Paulo, no horário de pico, estão nas zonas norte, central e oeste. Os registros são de 2016 e de janeiro a maio de 2017.

O trecho entre as avenidas Gustavo Adolfo e Guapira ocupa a primeira posição. Em 2016, a velocidade média para os coletivos que passam por lá foi de 8,5 km/h. A Guapira também aparece na oitava posição na área próxima a Praça Arquiteto Flávio Império.

Segundo Gizella, que percorre toda a avenida, situações que aumentam a lentidão são os incidentes, faróis quebrados e excesso de transporte.

“Acho que a minha viagem demoraria no máximo 40 minutos, se não fosse o engarrafamento”, diz a gerente que costuma passar o tempo lendo livros até chegar ao destino final.

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Quem também responsabiliza incidentes, faróis quebrados e excesso de transporte pelo intenso trânsito é a terapeuta ocupacional Ana Cristina Fagundes Souto, 41.

Moradora da Bela Vista, no centro da capital, Ana pega o primeiro ônibus às 6h30 da manhã na avenida Brigadeiro Luís Antônio, e demora  em torno de 20 a 25 minutos para andar menos de 1 km até a avenida Paulista.

“O que é bastante considerando o tamanho do trecho. A Brigadeiro Luís Antônio não tem condições de absorver o tráfego de carros e ônibus. É estreita para o tráfego atual”, assegura.

A terapeuta trabalha no Jardim Boa Vista, zona oeste, e utiliza três ônibus para completar o percurso. “Embora eu pegue o contra fluxo, o trajeto entre minha casa na Bela Vista e o trabalho no Jardim Boa Vista demora cerca de 1h30 minutos. De carro e sem trânsito esse trajeto demora mais ou menos 30 minutos”, comenta.

A avenida Brigadeiro Luís Antônio aparece nas segunda, quarta, sétima e décima posições das vias com corredores mais lentos. Na segunda ela empata com um trecho localizado no Butantã, zona oeste.

O ponto em destaque é o que fica entre a avenida Dr. Vital Brasil e a rua MMDC, no qual a velocidade média chega a 9,8 km. A região do Butantã aparece mais duas vezes no ranking das 10 menores velocidades por causa das avenidas Eliseu de Almeida e Corifeu de Azevedo Marques.

Quem passa pelas vias Corifeu de Azevedo Marques e Vital Brasil diariamente é a professora de inglês Renata Rocha Martins Vieira, 26, que mora no Butantã e trabalha na região da avenida Paulista.

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“Esse trajeto é de suma importância, não existe caminho alternativo para mim. Se não fosse o trânsito, certamente chegaria ao trabalho em pouco mais de 20 minutos. Mas isso é o tempo que perco só num pedaço da Vital. Tem um excesso de veículo”, finalizou.

Segundo a pesquisa de Mobilidade Urbana 2017, produzida pela Rede Nossa São Paulo, Cidade dos sonhos e Ibope inteligência, 39% dos entrevistados na capital utilizam ônibus ao menos cinco dias por semana.

Além disso, 39% também é o número dos que dizem terem percebido aumento no tempo de duração da viagem. Por fim, 29% são a favor da construção de mais corredores de ônibus ou ampliação dos já existentes.

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