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Agência de Jornalismo das periferias

Sam Robles/ CBF

Por: Cleberson Santos

Notícia

Publicado em 17.07.2023 | 13:45 | Alterado em 22.07.2023 | 9:55

Tempo de leitura: 3 min(s)

Ex-camisa 10 do Barcelona, já passou pelo futebol francês, vai estrear em breve no futebol norte-americano e é uma das estrelas da sua seleção. A descrição parece ser do craque argentino Lionel Messi, mas estamos falando de Andressa Alves, 30, que está às vésperas de disputar sua terceira Copa do Mundo pelo Brasil.

A jogadora é cria da Parada de Taipas, bairro do distrito do Jaraguá, na zona norte de São Paulo. Foi lá que ela deu os primeiros passos no futebol, primeiro chutando cabeças de boneca, como ela mesma já relatou em postagens para as redes sociais. Depois, jogando com os meninos da região e descobrindo que tinha talento para o esporte.

“Sempre tinha uns comentários: ‘nossa, você joga muito bem, você tinha que procurar uma escolinha pra você jogar’, e isso me motivava”, contou a atacante para a Agência Mural, entre um treino e outro da preparação para o Mundial na Austrália.

O primeiro time profissional de Andressa foi o tradicional Juventus, da Mooca, aos 18 anos. Depois ela passou pelo Foz Cataratas, Centro Olímpico, Ferroviária, São José (onde foi campeã da Libertadores), Boston Breakers (EUA), Montpellier (FRA), até chegar ao Barcelona, em 2016.

Ela ficou no time catalão por três temporadas, conquistando duas Copas da Rainha. Em 2019, foi para o Roma, onde jogou até o mês passado. Por lá, venceu uma Copa da Itália, em 2021, e o Campeonato Italiano deste ano, justamente na 100ª partida dela pelo time.

No final do mês passado, Andressa fechou contrato com o Houston Dash.

A atacante garante que, por mais que já tenha passado por times expressivos na Europa e nos Estados Unidos, a Parada de Taipas sempre vai estar com ela. “Foi onde comecei a jogar, foi onde eu aprendi a malandragem no futebol, isso faz parte de mim e eu jamais vou perder essa essência.”

“Tenho família em Parada de Taipas. Algumas pessoas mudaram de lá, minha família mudou, foi para outro lugar, mas a relação é sempre boa. Sempre que volto ali eu lembro de toda a minha infância, do tempo que eu passava jogando bola, então isso é muito legal”

Andressa Alves, atacante da seleção brasileira

Seleção Brasileira

Andressa veste a camisa da seleção desde 2010, quando disputou a Copa do Mundo Sub-20. Nos últimos 13 anos, ela participou da conquista de um ouro pan-americano, em 2015, e de duas Copas América, em 2014 e 2018.

Em se tratando de Copa do Mundo, esta é a segunda participação da jogadora. Ela disputou a competição em 2015, no Canadá, e 2019, para a França. Contudo, ela foi cortada do time antes das oitavas de final, por conta de uma lesão na coxa.

A atacante conta que está com “uma expectativa muito grande” para este novo Mundial, que além da Austrália também contará com jogos na Nova Zelândia.

“Preparação aqui está sendo ótima, a gente está em um excelente hotel e temos tudo ao nosso dispor pela primeira vez, para que a gente possa trabalhar bem nesses dias antes da nossa estreia”, afirma.

O Brasil nunca venceu uma Copa do Mundo Feminina. Desde que a competição surgiu em 1991, a melhor colocação brasileira foi o vice-campeonato de 2007, quando perdeu a final para a Alemanha por 2 a 0, na China.

Andressa assegura que passará pela zona norte caso o time vitorioso da Austrália em agosto. “Vou lá visitar minha família, voltar onde tudo começou porque é isso, a humildade, a nossa essência, a gente não pode perder por nada”.

O Mundial Feminino começa no dia 20 de julho, mas a estreia do Brasil será somente no dia 24. Por conta do fuso de 13 horas em relação à Austrália, todos os jogos da seleção na fase de grupos estão marcados para o começo da manhã, assim como a final da competição, no dia 20 de agosto.

Copa do Mundo Feminina – Grupo F

Brasil x Panamá: 20/7 (segunda), às 8h

Brasil x França: 29/7 (sábado), às 7h

Brasil x Jamaica: 2/8 (quarta), 7h

Transmissão: Globo (TV aberta), Sportv (TV paga), Globoplay (streaming) e CazéTV (YouTube)

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Cleberson Santos

Correspondente do Capão Redondo desde 2019. Do jornalismo esportivo, apesar de não saber chutar uma bola. Ama playlists aleatórias e tenta ser nerd, apesar das visitas aos streamings e livros estarem cada vez mais raras.

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