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Agência de Jornalismo das periferias

Suzana Leite/Agência Mural

Por: Gabriela Carvalho

Notícia

Publicado em 05.05.2023 | 13:24 | Alterado em 05.06.2023 | 12:10

Tempo de leitura: 3 min(s)

No dia 5 de maio é celebrado o dia do líder comunitário. A data foi criada para homenagear e valorizar essas pessoas que dedicam tempo e esforços para melhorar a qualidade das pessoas em suas comunidades.

Os líderes comunitários podem ser considerados agentes de mudança. Eles costumam criar projetos em diferentes áreas, de educação à cultura, mobilizam voluntários, organizam eventos beneficentes e servem como porta-vozes das necessidades dos moradores perante às autoridades locais.

No Brasil, mais de 17 milhões de pessoas vivem em favelas, o que representa 8% da população de todo o país, segundo dados do Instituto Locomotiva de 2021.

Nos últimos anos, a Agência Mural conversou com diferentes lideranças na Grande São Paulo. Abaixo, separamos quatro reportagens que retratam o trabalho desses líderes.

Gleide na entrada da Comunidade Porto de Areia @Ana Beatriz Felicio/Agência Mural/Folhapress

GLEIDE FARIA DOS SANTOS, Comunidade Porto de Areia

Mais do que líder da Comunidade Porto de Areia, favela nascida em Carapicuíba, na Grande São Paulo, Gleide Santos, 53, afirma também ser “casamenteira, juíza de paz e separação, advogada e médica”.

A região fica entre a linha do trem da linha 8-Diamante da CPTM e já foi cava de mineração. Por lá, estima-se que vivam pouco mais de mil famílias.

“Às vezes, falo que vou embora, mas muitos falam que se eu sair, vão junto”

Gleide Santos, líder comunitária em Carapicuíba

Com 41 anos, Jobson atua como líder comunitário desde 2014 @Suzana Leite/Agência Mural

JOBSON GOMES, Ocupação Portelinha

“Não digo que nosso trabalho é entregar cesta básica. Nosso trabalho é lutar por moradia, por educação, por direito à saúde”, afirma Jobson Gomes, 41, líder comunitário da Ocupação Portelinha, no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, desde 2014.

O trabalho desenvolvido na comunidade conta com a ajuda de voluntários, a partir de cursos de educação, esporte e cultura.

“Precisamos acreditar que há uma mudança e essa mudança é uma parte de nós mesmos. Não posso sonhar com um mundo diferente, com o país, uma sociedade mais igual sozinho. Tudo começa através de uma pessoa até ser um coletivo”

Jobson Gomes, líder comunitário no Capão Redondo

Viviany vive no Pelourinho, ocupação criada no Jardim João XXIII @Luanna Romão/Agência Mural/Folhapress

VIVIANY NEVE, Ocupação Pelourinho

“As pessoas não têm acesso à cultura no bairro, porque normalmente o lugar que tem, é preciso se deslocar e pagar para frequentar”, conta Viviany Neve, 41, líder comunitária de Pelourinho, uma ocupação no Jardim João XXIII, bairro do distrito de Raposo Tavares, na zona oeste de São Paulo.

Ela se dedica especialmente com ações voltadas à área cultural e idealizou a “geloteca”, uma geladeira cheia de livros, localizada na entrada da comunidade.

“Todo o esforço valeu a pena. As crianças leem e pedem para o pai ler, a mãe, o irmão mais velho, e aí eu vejo que consegui atingir o objetivo, que é o incentivo à leitura”

Viviany Neve, líder comunitária no Jardim João XXIII

A advogada luta pela criação de um plano que evite tragédias em áreas de risco nas periferias @Léu Britto/Agência Mural

MAYARA TORRES, Favela da Borracha

“Só de ver o céu cinza, meu coração já começa a acelerar”, afirma Mayara Torres, 27, advogada e líder comunitária da Favela da Borracha, em Cidade Ademar, zona sul de São Paulo. Cria da região, ela faz parte de grupo que denunciou a prefeitura paulistana na Justiça por não criar plano de ação para áreas de risco.

“Você passa a acreditar que as coisas podem se transformar”

Mayara Torres, líder comunitária na Cidade Ademar

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Gabriela Carvalho

Jornalista, comunicadora visual, mestra em Mídia e Tecnologia e pós-graduada em Processos Didático-Pedagógico para EaD. É correspondente do Jardim Marília desde 2019. Também é cantora de chuveiro, adora audiovisual e é louca por viagens.

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