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Prefeitura adia (novamente) entrega de UPA em São Miguel

Construção teve início em abril de 2015, na gestão Haddad, prevista para ser finalizada um ano depois. Atual gestão promete conclusão para julho deste ano

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Por: Redação

Publicado em 16.04.2018 | 13:07 | Alterado em 16.04.2018 | 13:07

Tempo de leitura: 2 min(s)
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Terreno onde está sendo construída UPA Tito Lopes (Danielle Lobato/32xSP)

Uma novela ainda sem um capítulo final, e feliz. Há quase três anos, moradores  de São Miguel Paulista, no extremo leste de São Paulo, aguardam há três anos a abertura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tito Lopes.

As obras  tiveram início em 30 de abril de 2015, ainda na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), sob a promessa de conclusão para até um ano depois. A construção, no entanto, foi paralisada, em seguida, sendo prorrogada até hoje.

Segundo a prefeitura, a inauguração deve acontecer em julho deste ano.

A enfermeira Luciana Amorim, 30, moradora de São Miguel, aguarda, com ansiedade a chegada do equipamento de saúde ao mesmo tempo em que reclama da ausência de informações. “Eles apagaram [a prefeitura] a primeira data de entrega, que era 2016. Adiaram para 2017. Não colocaram outra placa, nem nos informaram nada. Agora, adiaram para mais 180 dias”.

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“Só sabemos dos novos prazos por meio do Diário Oficial, em reuniões com conselheiros gestores, ou quando vamos até a prefeitura perguntar”, reitera ela, que é uma entre os mais de 350 mil habitantes da prefeitura regional.

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Mato alto em terreno onde está sendo construída UPA em São Miguel (Danielle Lobato/32xSP)

Vizinho do terreno onde está sendo erguida a UPA, Alberto Amorim, 55, denuncia a falta de zeladoria no entorno da edificação. “Está cheio de mato alto, que não é cortado desde o ano passado. Isso aumentou o número de ratos e insetos”, revela o comerciante, morador de São Miguel há 35 anos.

Ao 32xSP, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) alega que 61,3% das obras da UPA foram executadas, previstas para serem finalizadas em julho deste ano.  O atraso, justifica a pasta, se deve ao repasse de verba.

A reportagem esteve no local entre os dias 19 de março e 6 de  abril, mas não presenciou nenhum trabalhador no local.

SUPERLOTAÇÃO EM HOSPITAIS

A zona leste de SP possui mais de 2 milhões de moradores. Reflexo do alto contingente populacional é a superlotação nos hospitais locais. A região conta com apenas três equipamentos de saúde, que prestam atendimentos de urgência e emergência: a AMA Hospitalar Tide Setúbal, a AMA/UBS Integrada Sítio da Casa Pintada e a AMA/UBS Integrada Jardim Helena.

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A conselheira da saúde Rute Maria, 41, afirma que, por conta da superlotação, muitos moradores precisam se deslocar a unidades de outras regiões. “Pela falta de equipamentos de saúde, nós moradores, somos obrigados a buscar atendimento em outras unidades do distrito ou em bairros vizinhos”, explica.

Com isso, reforça a conselheira, a espera por um atendimento costuma ser de no mínimo três horas; e em casos de internação, muitas vezes, o paciente tem que conviver com a realidade de leitos improvisados em corredores.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a construção da UPA Tito Lopes prevê desafogar os demais equipamentos. A unidade custou R$ 7 milhões e vai funcionar  24 horas, sete dias por semana; e possui infraestrutura coberta por 25 leitos de observação, sendo oito femininos, oito masculinos, sete infantis e dois de isolamento.

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