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Donas do próprio negócio, mulheres de Mauá abrem lojas de doces a produtos africanos

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Por Lucas Veloso | 04.05.2016

Publicado em 04.05.2016 | 21:22 | Alterado em 27.02.2024 | 21:39

Tempo de leitura: 2 min(s)

Estudantes e empresários. Ou empresários estudantes? Cada vez mais decididos a empreender, jovens brasileiros têm tirado do papel seus próprios negócios. É o caso de Jessica Santos, 24, moradora do município de Mauá, na Grande São Paulo, que decidiu se juntar a uma amiga para abrir uma confeitaria.

E as duas não estão sozinhas. Uma pesquisa divulgada em abril deste ano pelo Instituto Sou Mais Jovem mostra que 67% das pessoas entre 14 e 25 anos desejam virar empreendedoras.

“Não sei se faço algo para me diferenciar, mas procuro trazer cada vez mais produtos novos e ainda desconhecidos do público, como o cakepop [uma espécie de bolo feito no palito], por exemplo. Outra coisa que estou investindo é a propaganda”, revela.

Doceria vende cupcake de banana split no Capão Redondo

Segundo Jéssica, o segredo em empreender está na paixão e na aposta de que o negócio pode ter potencial. “Vi nos doces algo que me dá prazer em trabalhar. Além de que, a longo prazo, pode me trazer um bom retorno financeiro. Só assim a ideia pode render frutos”, garante.

Doceria em Guarulhos vende bolos em potinhos

Mas ter autoestima elevada pro negócio não é o bastante. Mais de 80% dos jovens, aponta o levantamento do Sou Mais Jovem, reclamam da ausência de informações e estímulos para tocar seu empreendimento. Além disso, 73% dos entrevistados afirmaram que ficariam satisfeitos em ter aulas sobre empreendedorismo e gestão de negócios nas escolas.

No caso de Jéssica, a jovem empresária decidiu arriscar assim mesmo. Os resultados está aparecendo, assegura. “O número de clientes tem aumentado. Muitas demandas aparecem eventualmente”, diz.

Acessórios africanos

Também moradora de Mauá, a artesã Juliana Ferraz, 31, sempre quis usar de sua criatividade para abrir o próprio negócio.

Os altos custos de manter um estabelecimento fixo fizeram com que a também educadora desse vida ao “Arte e Identidade”, um bazar itinerante que comercializa peças customizadas com tecidos africanos e estampas nacionais.

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A comodidade em poder trabalhar informalmente também pesou na hora de abrir a loja ambulante. “Existe uma qualidade vida que se desfruta”, conta. As encomendas são muitas, garante ela. “Tem mês que nem saio, porém, as pessoas me procuram para pedidos”.

Os produtos, artesanais, variam de roupas a acessórios. Para alavancar as vendas, a empreendedora decidiu investir também em uma loja virtual.

De acordo com Juliana, o diferencial do produto é a alma do negócio. “Comece a perceber se o material que você vende o mercado já não está sendo produzido em massa, por exemplo. Comecei com flores de fuxico para o cabelo, e naquela época ninguém tinha, só as artesãs. Depois de dois anos, tinha em massa nas lojas”, aconselha.

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