APOIE A AGÊNCIA MURAL

Colabore com o nosso jornalismo independente feito pelas e para as periferias.

OU

MANDE UM PIX qrcode

Escaneie o qr code ou use a Chave pix:

[email protected]

Agência de Jornalismo das periferias
32xSP

Primeira semana do ano letivo é marcada por greve nas escolas municipais de SP

Servidores entraram em greve por tempo indeterminado como protesto à Reforma da Previdência; das cerca de 3,5 mil unidades de ensino, 744 foram paralisadas

Image

Por: Redação

Publicado em 08.02.2019 | 17:01 | Alterado em 08.02.2019 | 17:01

Tempo de leitura: 3 min(s)
Image

CEI Ângela Maria Fernandes, na zona sul de São Paulo (Paula Gherardi/Reprodução)

A primeira semana do ano letivo de 2019 começou sem aulas em algumas escolas municipais da cidade de São Paulo. Na segunda-feira (4), servidores entraram em greve por tempo indeterminado como forma de pressionar o prefeito Bruno Covas (PSDB) a vetar a Reforma da Previdência (Sampaprev).

A reforma foi aprovada pela Câmara Municipal por 33 votos a 17, no dia 26 de dezembro. Covas a sancionou no dia seguinte.

A proposta, que vinha sendo discutida desde o começo do ano passado, aumenta a alíquota de contribuição de 11% para 14%. Profissionais que ganham mais de R$ 5,6 mil terão um sistema de previdência complementar.

Além de professores, outros profissionais do município poderiam aderir ao movimento grevista.

LEIA TAMBÉM
Ser professor por R$ 2.400 em SP é um privilégio?

Em nota, a Prefeitura alega que a paralisação concentrou-se na área de educação. “Ainda assim, das cerca de 3,5 mil unidades existentes, apenas 744 foram paralisadas totalmente. Ou seja, 78% das unidades receberam seus alunos”, informou a administração municipal.

Por outro lado, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), em nota, contesta os dados da Prefeitura e diz que 80% da área da educação foi paralisada nos últimos dias.

PARALISAÇÕES EM TODA A CIDADE

A Prefeitura de São Paulo alega que a zona sul foi a região que concentrou o maior índice de falta dos grevistas. Foi o que aconteceu no Centro de Educação Infantil (CEI) Ângela Maria Fernandes, em Americanópolis.

A estudante Larissa Soares, 22, levou a filha Peitra Soares, 4, à escola, mas teve que retornar. “Tenho que ligar na sexta-feira à tarde para saber se a creche vai voltar ao normal”, explica.

A reportagem do 32xSP foi ao local na quarta-feira (6), no final da tarde, mas os portões estavam fechados e não havia qualquer cartaz falando sobre a paralisação.

VEJA TAMBÉM
Atraso em obras deixa 500 crianças sem creches na Cidade Ademar

Na zona norte, o autônomo Eduardo Meggiolaro, 24, participou de reunião na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Vicente Paulo da Silva, na segunda-feira, e foi orientado a aguardar.

“Fizeram uma reunião com a gente para falar que eles estavam aguardando o sindicato e a assembleia que ia acontecer”, explica.

Na quarta-feira, sua filha de quatro anos teve aula normal, mas recebeu um bilhete no caderno informando que não haveria aula no dia seguinte.

“Motivo: adesão dos profissionais da escola à paralisação dos servidores municipais”, dizia o comunicado a assinado pela equipe escolar.

Na zona leste, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Padre Chico Falconi, no Jardim Bartira, a exemplo de outras unidades de ensino, criou um rodízio para as aulas.

Na quarta-feira (6), as aulas seriam dadas para os alunos do 6º ano (A, B e C); 7º ano (C e D); 8º ano (D); 9º ano (C e D). Na quinta, os mesmos alunos do 6º e 7º anos tiveram aulas. Estudantes dos 8º e 9º anos, não.

“Minha filha está ansiosa para estar na escola. Fico chateada com esse desfalque de aulas para uns e para outros não”, reclama a empresária Arlete Pimentel Rocha, 49, que diz não ser contra a manifestação dos professores e entende que eles têm o direito de lutar por seus benefícios.

GREVE MANTIDA

Nesta quinta-feira (7), em nova assembleia, os servidores municipais decidiram manter a greve. Também houve protesto de professores no centro de São Paulo, indo em direção à avenida Paulista. A próxima assembleia está marcada para quarta-feira, 13/02, em frente à sede da Prefeitura.

***

‘Minha filha não irá para a reposição porque ela não estava de greve’

receba o melhor da mural no seu e-mail

Redação

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias tem como missão minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias da Grande São Paulo.

Republique

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.

Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.

Envie uma mensagem para [email protected]

Reportar erro

Quer informar a nossa redação sobre algum erro nesta matéria? Preencha o formulário abaixo.

PUBLICIDADE