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Inaugurada há oito meses, UBS no Jardim Romano continua fechada

Posto de saúde estava previsto para ser aberto em dezembro de 2016, mas segue sem funcionamento

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Por: Redação

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Publicado em 11.09.2017 | 14:18 | Alterado em 17.11.2022 | 13:14

Tempo de leitura: 2 min(s)

Fruto de luta antiga dos moradores do Jardim Romano, bairro da zona leste da capital, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Romano foi inaugurada há pouco mais de oito meses. Ou quase. Até o momento, o posto em nada facilitou a vida dos moradores do distrito de Jardim Helena, tudo porque ele segue de portas fechadas.

A moradora Janete Maria de Lima, 36, aguardava com ansiedade a chegada da unidade, construída na esquina entre as ruas Capachós e Catulé,e lamenta ter que esperar ainda mais tempo. Enquanto isso, diz, a população sofre com a dificuldade em marcar consultas na AMA/UBS Vila Itaim, a mais próxima, a 3 km de distância a pé de sua casa.

“Só tem consulta com clínico geral para 2018 e não tem agenda para consultas com o ginecologista”, reclama.

A preocupação com a saúde da aposentada Claudina Soares, 62, vem acompanhada do medo. Ela contraiu uma bactéria, depois da última enchente no bairro onde mora, no Jardim Romano, localizado em uma área de várzea do Rio Tietê. No período chuvoso a população fica em alerta máximo. “Só há promessas vazias de quando ela [a UBS] será aberta aos moradores, mas até o momento nada”, diz Claudina.

Ao 32xSP, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a UBS Jardim Romano está prevista para ser aberta no segundo semestre deste ano, após a instalação da energia elétrica por parte da concessionária. 

Ainda de acordo com a pasta, a AMA/ UBSVila Itaimdispõe de atendimento clínico para urgências, assim como vagas para clínico geral e ginecologista. Há também capacidade para atender eventuais demandas extras.

“A maior indignação é ver a unidade pronta, mas sem funcionamento, e a que serve à população não possui mais agenda para este ano”, lamenta a conselheira de saúde Rute Maria da Silva, 40.

A nova unidade recebeu investimento de R$ 4,3 milhões.

Luta antiga

Quem também lastima o cenário da saúde local é Euclides Mendes, 46, que há cinco anos organizou a marcha “Passeata da Paz”. Na época, moradores e lideranças locais reivindicaram a falta de médicos.

O objetivo eramostrar à Prefeitura de São Paulo, então sob a gestão de Gilberto Kassab, eleito pelo DEM, a necessidade de mais uma UBS para a região. Além disso, a mobilização também alertou a população sobre a importância de não cobrar dos médicos presentes, mas das autoridades públicas.

Segundo Mendes, a contagem populacional feita de porta em porta foi fundamental para compreender as necessidades locais e exigir atenção do poder público.

“Cerca de 50 mil pessoas eram usuárias do serviço público de saúde aqui. Além disso, conseguimos mostrar que a unidade da Vila Itaim atendia a três bairros: Vila Itaim, Jardim Romano e Vila Aymoré”, finaliza Mendes.

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