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Produtora cultural e atriz no Campo Limpo, morre Dora Nascimento

Dorinha, como era conhecida, participou de iniciativas sociais e culturais importantes na zona sul e na Grande São Paulo; a produtora foi vítima de câncer

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Por: Lucas Veloso

Notícia

Publicado em 24.08.2020 | 14:41 | Alterado em 22.11.2021 | 16:41

Tempo de leitura: 2 min(s)

Farol. A palavra foi usada algumas vezes por amigos para dar adeus à Maria das Dores Rodrigues Nascimento, mais conhecida por Dora Nascimento ou Dorinha no Campo Limpo, zona sul da capital, onde ela atuava como atriz e produtora cultural.

Aos 55 anos, Dorinha morreu neste sábado (22) no Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), vítima de câncer no pâncreas. Ela se tratava da doença desde janeiro deste ano. 

Dora era sócia-proprietária da produtora Belbellita, além de integrar a equipe responsável pela Felizs (Feira Literária da Zona Sul). Até 2019, Dorinha também coordenou a Casa de Cultura do Campo Limpo.

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Dorinha fazia parte da equipe da Felizs

Nas redes sociais, o jornalista Tony Marlon, 32, lembrou de memórias com a amiga. “Você me mandou chamego, abraço e chocolate quente naquela semana de muitas partidas”, descreveu. 

No fim da mensagem, mandou um recado. “Você é gigante. Não vai sumir de dentro de nós. Não aguento mais perder faróis”. 

“Para quem eu vou pedir ajuda com as planilhas agora?”, questionou Suzi Soares, 53 organizadora da Felizs e do Sarau do Binho. Na publicação, Suzi ressalta que Dorinha era uma das melhores companhias nas viagens, ‘’daquelas que sabia pedir e conseguia milagres’’, definiu. 

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Segundo amigos, Dorinha era dedicada e sempre fazia os trabalhos com sorriso largo @Sheila Signario

Suzi também diz que ela ‘corria pra todo lado, fazia mil coisas ao mesmo tempo e ajudava muita gente’. Na sequência, lamentou a partida da amiga de longa data com a frase ‘Que dia difícil de se viver!’. 

Nas redes sociais, a equipe da Felizs escreveu mensagem de agradecimento à Dorinha. “[Ela] fazia um papel muito importante, juntava todas as informações em suas longas planilhas, sabia tudo, datas, valores, nomes, contatos. Ela era a dona do tesouro chamada Felizs”, diz o texto.

Dorinha atuou na produção do filme “A Sombra do Fogo”, de Jean Grimard, estreado no Canal Brasil em 2015. Além disso, entre 2013 e 2015, participou da encenação de “Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo”, em Taboão da Serra, cidade na Grande São Paulo. Na peça atuou como Maria, mãe de Jesus. 

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Na peça de teatro que atuou como a mãe de Jesus @Eduardo Toledo

Em 2014, se juntou ao coletivo de artistas, poetas e autores do Sarau do Binho e participou da 40ª Feria del Libro de Buenos Aires. No teatro, teve passagens nas companhias de teatro Tesol, Encena e Espaço Clariô, todas de Taboão da Serra.

Dorinha integrou uma série de organizações sociais, como a Pólis (Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais e Poiesis), o Instituto de Apoio à Cultura à Língua e à Literatura e a Associação Músicos do Futuro.

Com a morte, Dorinha deixa a mãe, um irmão e duas sobrinhas.

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Lucas Veloso

Jornalista, cofundador e correspondente de Guaianases desde 2014.

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