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‘Senti diferença na saúde’: jovem revela os benefícios após emprego no próprio bairro

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Por Lucas Veloso | 23.03.2016

Publicado em 23.03.2016 | 22:01 | Alterado em 27.02.2024 | 21:39

Tempo de leitura: 2 min(s)

“Há três anos, eu não sei o que é pegar ônibus lotado para chegar ao trabalho. Isso faz sim toda a diferença na vida de uma pessoa. Dá muito mais disposição”, afirma a jornalista Thais Santana, 25, moradora do distrito Anhanguera, zona noroeste de São Paulo.

Para ela, a rotina diária é simples. “Acordo próximo ao horário do emprego. Entro às 7h30 e, como é pertinho, levantando depois das 6h30 ainda é tranquilo para chegar a tempo”, completa.

Veja também: Mulheres cadeirantes criam empresa para ajudar pessoas com deficiéncia a conseguir empregoQuando vai a pé, o trajeto de casa até a ONG onde trabalha dura de 15 a 20 minutos. Quando consegue uma carona de algum colega ou familiar, o percurso diminui para cinco.

Com a facilidade de estar empregada perto de casa, a jornalista otimiza seu tempo livre para realizar outras atividades. “Aproveito o período pós trabalho para praticar exercícios físicos ou fazer algum curso que me desenvolva profissionalmente”, pontua. Com frequência, também visitas amigos no centro da cidade ou em outros bairros, quando se beneficia do transporte público no horário de contra-fluxo.

Thaís garante que a experiência tem sido positiva. Uma das principais mudanças foi a melhora na saúde. “Senti diferença na saúde. Eu tinha problemas respiratórios como crises de rinite ou sinusite, tão comuns em outros tempos da minha vida”, afirma. Segundo a jornalista, houve ainda uma aproximação maior com o bairro onde vive. “Foi uma das principais mudanças, e significativas. Passei a ter uma relação mais afetuosa que antes, quando estudava e trabalhava fora”, finaliza.

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Outra vantagem vista pela é o maior rendimento de suas atividades, além da flexibilidade no emprego. “Tenho maior facilidade em ficar além do horário, caso precise, ou vir trabalhar aos finais de semana”, diz.

A oportunidade surgiu ainda na faculdade, quando estudava jornalismo. Na época, foi contratada em regime de estágio. Depois de terminar a graduação, conseguiu se fixar no quadro de funcionários, onde está desde 2013.

“Quem mora na periferia já tem como certo que trabalhará mais longe do que perto de casa, que demoraremos horas para chegar, que podem não nos contratar em algum local. Tudo porque moramos longe demais da empresa ou do escritório. Nos acostumamos aos rótulos e os tomamos como o único caminho possível”, problematiza Thais, que achava improvável conseguir trabalhar ao lado de casa e longe do centro.

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