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Apenas 6% dos paulistanos convivem com pessoas com deficiência no trabalho

Apesar de baixo, o índice é maior do que em igrejas, escolas e universidades e até mesmo dentro do ambiente familiar, mostra pesquisa

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Por: Redação

Publicado em 15.01.2019 | 13:41 | Alterado em 15.01.2019 | 13:41

Tempo de leitura: 2 min(s)
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Em 2017, o número de pessoas com deficiência contratadas no Brasil teve um crescimento de 3,79%

Apenas 6% dos paulistanos dizem conviver com pessoas com deficiência no local onde trabalham. O dado é da pesquisa “Viver em São Paulo: a cidade e as pessoas com deficiência”, divulgada pela Rede Nossa São Paulo e o Ibope Inteligência.

O resultado coloca o local de trabalho como o sexto lugar onde há mais contato com pessoas com deficiência, sendo citado por 6% dos entrevistados. Apesar de relativamente baixo, o índice é maior do que o registrado em igrejas e cultos (5%), escolas e universidades (3%) e até mesmo dentro do ambiente familiar, que também foi citado por 3% dos entrevistados.

Do total de entrevistados, 4% tinham alguma deficiência e 11% disseram ter contato com alguma pessoa com deficiência no domicílio ou convívio social.

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Selma Rodriguero, 44, mora em Moema, na zona sul de São Paulo, e se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas. Ela trabalha em um cartório eleitoral, onde ingressou após prestar um concurso público.

Na universidade, onde se formou em administração, Selma diz que enfrentou problemas para fazer valer a inclusão. “A faculdade não tinha banheiro adaptado. Imagina que eu, já adulta, tive que levar meu pai para resolver a situação porque ninguém me dava ouvidos”, relembra.

Com ensino superior, ela é uma exceção. Segundo dados do último censo do IBGE, de 2010, apenas 6,66% das pessoas com deficiência concluíram uma graduação.

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Selma também tem uma empresa que auxilia pessoas com deficiência na área da empregabilidade e organiza casting de profissionais para participarem de eventos e feiras.

“Percebi que isso não era organizado, que tentavam buscar cadeirantes pelo Facebook e achei que era uma oportunidade boa”, conta. “Ainda encontro muito preconceito quando vou oferecer esses serviços. Eu compito com empresas que agenciam pessoas sem deficiência e, por isso, tem empresas que vão contratar e querem pagar menos.”

Desde 1991, uma lei federal obriga empresas a terem uma cota de pessoas com deficiência em seus quadros de funcionários. O percentual vai de 2% a 5% e varia de acordo com o número de colaboradores da empresa.

Em 2017, o número de pessoas com deficiência contratadas no Brasil teve um crescimento de 3,79%, enquanto no caso das pessoas sem deficiência houve uma retração de 4,16%. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

O mesmo levantamento, entretanto, deixa claro que 93,48% das pessoas com deficiência só estão trabalhando por conta da obrigação legal de contratação por parte das empresas.

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