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Osasco tem 52 bairros com casos confirmados de Covid-19; prefeito recua de relaxar isolamento

Cidade chegou a 121 casos; prefeito falou em reabertura de alguns comércios depois da Páscoa, mas na sexta-feira gestão afirmou que quarentena está mantida

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Paulo Talarico/Agência Mural

Por: Paulo Talarico

Notícia

Publicado em 10.04.2020 | 22:53 | Alterado em 27.02.2024 | 16:22

RESUMO

Cidade chegou a 121 casos; prefeito falou em reabertura de alguns comércios depois da Páscoa, mas na sexta-feira divulgou nota sobre sequência da quarentena

Tempo de leitura: 3 min(s)

O novo coronavírus se espalhou por pelo menos 52 bairros de Osasco, na Grande São Paulo – a cidade tem 60. A informação foi divulgada pela prefeitura nesta sexta-feira (10) e aponta que as regiões das periferias do município já contam com mais casos de Covid-19

Com 700 mil habitantes, a cidade soma 121 testes confirmados e mais de mil exames em análise. Oito pessoas morreram no município por conta da enfermidade e há outros 27 óbitos em investigação. Por outro lado, 41 pacientes estão curados. 

A maioria dos moradores que pegou coronavírus está na zona sul do município. O Jardim Veloso com oito casos é o que mais teve ocorrências e alguns bairros vizinhos como Jardim Santo Antonio, Novo Osasco e Bandeiras também contabilizam pessoas com Covid-19.

Os dados divulgados pela prefeitura mostram que os casos confirmados dobraram nos últimos dias. Eram apenas 48 no começo da semana e chegaram a mais de 120 na sexta-feira (10). 

">Bairros de Osaco com casos confirmados de Covid-19 (Até 9 de abril)
">Bairros ">Casos confirmados
">VELOSO ">8
">SANTO ANTONIO ">7
">NOVO OSASCO ">6
">VILA MENCK ">5
">UMUARAMA ">5
">VILA YARA ">5
">PIRATININGA ">5
">CENTRO ">4
">CITY BUSSOCABA ">4
">BELA VISTA ">4
">BANDEIRAS ">3
">SANTA MARIA ">3
">VILA OSASCO ">3
">CONCEICAO ">3
">BUSSOCABA ">3
">METALURGICOS ">3
">ROCHDALE ">3
">QUITAUNA ">3
">ADALGISA ">3
">HELENA MARIA ">2
">BARONESA ">2
">PORTAL D’OESTE ">2
">BONANCA ">2
">CONTINENTAL ">2
">MUTINGA ">2
">ALIANCA ">2
">AYROSA ">2
">AUTONOMISTA ">1
">PRESIDENTE ALTINO ">1
">JD ROBERTO ">1
">KM 18 ">1
">REMEDIOS ">1
">MENCK ">1
">SAO PEDRO ">1
">JARDIM D’ABRIL ">1
">INDUSTRIAL ANHANGUERA ">1
">MUNHOZ JUNIOR ">1
">CIPAVA ">1
">JD DAS FLORES ">1
">JD IPE ">1
">VILA PESTANA ">1
">VILA YOLANDA ">1
">JARDIM ADALGISA ">1

RELAXAMENTO

Em meio ao aumento de casos e a busca por aumentar os espaços que possam atender pacientes no município, o prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), afirmou que depois da Páscoa estudaria medidas para a retomada de algumas atividades do comércio. No entanto, a gestão recuou da ideia.  

Lins vinha enfatizando a importância do distanciamento social, para preparar o sistema de saúde. Chegou a apontar que se todos pegarem a doença rapidamente seriam necessários quatro hospitais do tamanho do Antonio Giglio, o maior do município, para dar conta. 

Porém, ao longo da semana, a gestão afirmou que estudava formas de retornar algumas atividades. “Estamos discutindo o retorno gradativo do comércio. Segunda-feira vamos ter boas notícias. Tudo que a gente está fazendo são recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria estadual que vem pela vigilância epidemiológica”, afirmou Lins. 

Ao longo da sexta-feira (10), contudo, a administração recuou e disse por meio de nota que as medidas de isolamento seriam reforçadas. “A Prefeitura esclarece que não liberará a abertura de comércios e serviços não essenciais enquanto vigorar a quarentena. A fiscalização será reforçada e estabelecimentos que descumprirem as normas serão interditados”.

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O Governo do Estado prorrogou a quarentena até o dia 22 de abril e o Ministério da Saúde aponta o final do mês e o começo de maio como os momentos em que haverá o pico de contágio no país. 

Um dos impasses na Grande São Paulo é entender qual o real tamanho do contágio até aqui, por conta do número de exames que ainda aguardam os resultados. Na quarta-feira (8), as 39 prefeituras da região metropolitana contabilizavam 26 mil testes aguardando.

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Paulo Talarico

Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.

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