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Agência de Jornalismo das periferias

Por: Matheus Souza

Arte: Magno Borges

Vídeo: Rômulo Cabrera

Foto: Léu Britto e Ira Romão/Agência Mural e Di Campana/FotoColetivo

Edição: Paulo Talarico

Publicado em 24.01.2023 | 19:36 | Alterado em 24.01.2023| 21:55

RESUMO

São Paulo completa 469 anos nesta quarta-feira (25), mas apesar de quatrocentona uma parte considerável da capital nasceu nos últimos 70 anos, em especial nas periferias. Mas como se deu a construção desses bairros? Conheça a Cidade Preta

Tempo de leitura: 11 min(s)
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Quando se fala em “periferias” no Brasil, muita gente tem ideia do que o termo representa — mesmo sem dizer a cidade, já é possível imaginar os lugares e pessoas em questão, o nível de renda, cor da pele, e até o tipo de infraestrutura dos bairros. E, em geral, talvez essa imagem nem esteja distante da realidade.

Milhares de casas amontoadas, ruas de terra

Esse é o morro, a minha área me espera

Gritaria na feira (Vamos chegando!)

Pode crer, eu gosto disso, mais calor humano

Racionais MC’s, em “Fim de Semana no Parque”

No entanto, poucas décadas atrás, ‘periferia’ não representava nada muito além do óbvio, ou seja, lugares afastados da região central. Foi a partir dos anos 1980 que isso começou a mudar, e o termo foi adquirindo significados para além da geografia

Fatores sociais, raciais e de identidade foram incorporados em grande parte por causa de movimentos culturais que traduziram na arte sentimentos comuns de quem vivia nesses espaços. Entre esses movimentos está o rap.

Na periferia a alegria é igual

É quase meio dia a euforia é geral

É lá que moram meus irmãos, meus amigos

E a maioria por aqui se parece comigo

Racionais MC’s, na mesma música

A história de origem das periferias brasileiras, como as entendemos hoje, tem entre suas origens a cidade de São Paulo, que completa 469 anos nesta quarta-feira (25). Apesar de quatrocentona, a cidade só se tornou potência econômica em meados do século 20, que foi também quando a população passou a crescer até tornar-se a maior do país.

Marcado pela segregação e cheio de resquícios escravocratas, o modelo de urbanização paulistano serviu de exemplo para muitas cidades Brasil afora, que hoje convivem com uma disputa entre apagamento e resistência da presença negra em seus territórios.

Nesta reportagem especial no dia do aniversário da cidade, a Agência Mural mostra como esse processo se desenvolveu, o que levou à ocupação desses bairros e como a geração pós ‘quando era tudo mato’ fez nascer o movimento hip hop.

A maioria aqui se parece comigo

Nem sempre São Paulo teve uma região que pudesse ser chamada de periférica. Até 1900 a cidade era bem menor em comparação com a atual, e quase todos os 240 mil moradores da época viviam na pequena região triangular entre os rios Tietê e Pinheiros.

Naquele contexto, as distâncias percorridas no cotidiano eram relativamente curtas e grupos sociais distintos — pobres e ricos, negros e brancos, brasileiros e imigrantes —, dividiam o espaço urbano, moravam em lugares próximos, se encontravam nas ruas.

Mapa da área urbanizada de São Paulo até 1929. Em azul, os rios Pinheiros, no canto inferior esquerdo, e Tietê, que atravessa de um lado a outro a parte superior da imagem @Reprodução/Prefeitura de São Paulo

Eram os primeiros anos após a abolição da escravatura, concretizada em 1888. Contudo, o imaginário racista seguiu determinando como a cidade se organizava, agora influenciado também pela eugenia, movimento surgido na Europa que, disfarçado de ciência, defendia o embranquecimento da sociedade com a ideia falsa de que pessoas brancas seriam geneticamente superiores.

Além disso, os principais líderes políticos da capital eram brancos e remanescentes da elite fazendeira que comandava o comércio de café, a mesma que até então se aproveitava da mão de obra escravizada.

“Existia uma compreensão de que negros eram inferiores, incapazes de exercer um trabalho de qualidade, que só serviam se fossem escravizados”, afirma Ramatis Jacino, professor da Universidade Federal do ABC, que pesquisa a transição do trabalho escravizado para o trabalho livre na cidade de São Paulo.

“Esses ex-escravizadores estavam habituados a não pagar nenhum salário, e quando os trabalhadores negros se recusavam a trabalhar dessa forma, eles consideravam um insulto”

Ramatis Jacino, professor da Unifersidade Federal do ABC,

Assim, ao mesmo tempo que a cidade avançava em tecnologia e ampliava a indústria para diferentes setores econômicos, os trabalhadores negros, que até então eram a mão de obra mais expressiva no país inteiro, passaram a ser sistematicamente excluídos do mercado.

A situação era vista nos anúncios de emprego publicados em jornal, em que empregadores priorizavam imigrantes e pessoas brancas nas contratações.

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Anúncios publicados na década de 1910 excluíam a população negra @Correio Paulistano

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Anúncios publicados na década de 1910 excluíam a população negra @Correio Paulistano

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Anúncios publicados na década de 1910 excluíam a população negra @Correio Paulistano

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Anúncios publicados na década de 1910 excluíam a população negra @Correio Paulistano

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“O trabalho que os negros poderiam exercer eram aqueles que estavam nas franjas do sistema, não os que faziam parte das principais cadeias produtivas”, continua o professor. “Havia, sim, negros, mas em uma quantidade sempre inferior”.

A exclusão do mercado formal colocou a maior parte da população negra em uma situação constante de precariedade, o que também se refletia na ocupação do espaço. Jacino destaca que, até a metade do século 19, o centro da cidade de São Paulo era majoritariamente habitado por famílias negras, que viviam em pequenas roças ou chácaras.

Nelas, sobretudo as mulheres, chamadas de quitandeiras, cultivavam animais e alimentos para vender nas ruas, e é por isso que lugares como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador têm até hoje uma ‘rua da quitanda’ ou ‘largo da quitanda’.

“Eles viviam basicamente onde hoje é a Sé, na região que chamavam ‘sul da Sé’, que hoje é a Liberdade, e na região do Brás”, explica. “Com o crescimento da cidade e enriquecimento das elites por causa do café, esses espaços foram ocupados pelos mais ricos e, mais tarde, pelos imigrantes, e os negros foram sendo expulsos do centro”.

Brasilândia, na zona norte, é um dos distritos onde mais da metade da população se declara negra Ira Romão/Agência Mural

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Da ponte pra cá

Do início do século 20 em diante, São Paulo seguiu crescendo em território, renda e número de habitantes. Em poucas décadas, a cidade já era o maior centro econômico do país. Esse contexto atraiu a próxima grande onda de novos habitantes, iniciada nos anos 1950, e tendo como principal grupo brasileiros pobres de outras regiões do país, sobretudo Norte e Nordeste.

Mas, quando chegaram, a cidade já se voltava para outra lógica de organização urbana. Uma das mudanças significativas do período foi a introdução do automóvel. Tendo como inspiração os Estados Unidos, São Paulo passou a se moldar em torno do transporte individual e sobre rodas.

A partir dos anos 1930 teve início a implementação do Plano de Avenidas dos engenheiros Prestes Maia e Ulhôa Cintra, que estabeleceu a lógica de distribuição radiocêntrica das vias públicas, ou seja, do centro para as bordas.

O investimento no transporte sobre trilhos, que havia avançado e cruzado a cidade no século anterior para escoar a produção de café, foi substituído pela construção das grandes rodovias.

Esquema teórico do Plano de Avenidas projetado por Ulhôa Cintra e Prestes Maia, que também foi prefeito de São Paulo nos períodos de 1938-1945 e 1961-1965 @Fernando Oda/Wikimedia Commons

Ao mesmo tempo, houve também uma mudança grande no modelo de moradia para as classes populares, até então baseado principalmente no aluguel. A Lei do Inquilinato, promulgada em 1942 durante o governo Getúlio Vargas, determinou o congelamento dos aluguéis, o que acabou tornando o negócio menos lucrativo.

“Deixa de ser interessante investir em aluguel, assim esse mercado entra em decadência e a população que vivia dessa forma não vai ter como continuar, porque a oferta cai muito”, explica a professora Ana Barone, da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo).

“Vão acontecer tentativas mais massivas de aquisição da casa própria para essa população, e o que começa a ser ofertado são terrenos vazios muito longes da área central”.

Ana Barone, professora da FAU-USP

Nesse período começa a formação do que, hoje, passamos a chamar de periferias da cidade. “Essa população, que tem poucos recursos mas conseguia pagar seu aluguel, vai começar a guardar dinheiro para comprar um lote periférico onde vai construir a sua casa”.

Desse modo, a cidade foi se dividindo em duas. Nos bairros centrais estavam os grupos abastados, formados por famílias tradicionais brancas e descendentes dos imigrantes estrangeiros que conseguiram ascender socialmente ao longo do século.

Já nas periferias se estabeleceu a classe operária, a maioria composta pelos migrantes vindos do Norte e Nordeste do Brasil, assim como pretos e pardos que sempre estiveram em São Paulo, mas nunca tiveram oportunidade de melhorar de vida. Até hoje, as periferias concentram essa população.

Só quem é de lá sabe

“Quando cheguei era tudo mato” — essa frase já virou expressão popular e às vezes até piada, mas, para alguns moradores das periferias de São Paulo, é uma afirmação bem literal.

Muitos bairros da cidade que hoje têm população grande, comércio, escola, posto de saúde e estação de metrô, há pouco mais de 40 anos eram literalmente zonas rurais, fazendas, chácaras ou até mata virgem.

“Achava que a cidade grande era melhor pra viver, Taubaté era pequena”, diz Ana Candida da Silva, 87, que se instalou no Capão Redondo, na zona sul, quando ainda era tudo mato.

Ana Cândida da Silva foi uma das primeiras moradoras do Jardim São José, no Capão Redondo @Léu Britto/Agência Mural

Dona Ana viveu de perto as oscilações que marcaram São Paulo na segunda metade do século 20. Nascida em Taubaté, se mudou para a cidade na juventude em busca de trabalho e melhorias de vida. Durante alguns anos morou em uma pensão no bairro da Liberdade, até que o proprietário do imóvel desistiu da locação.

Ela e o ex-marido já sonhavam em ter casa própria, quando acabaram indo para a zona sul. “A gente pagava aluguel, era difícil, então ele estava sempre procurando terreno para comprar”, conta.

Os dois chegaram na região no começo da década de 1960, e ainda hoje dona Ana mora no mesmo local, com a filha e a neta. Uma das pioneiras do bairro, ela fala com orgulho da casa, que, mesmo enquanto estava grávida, ajudou a erguer com as próprias mãos.

“Levou 7 anos pra fazermos essa casa, a gente não sabia o que era feriado, domingo, nada. Tinha um português do outro lado [da rua], onde era uma chácara, e sábado e domingo ele pegava os conhecidos e trazia para ajudar a construir”.

Ana olha fotos do período em que os moradores adotaram a autoconstrução para fazer as moradias no bairro

O que dona Ana descreve era rotina naquele período, não apenas no Capão Redondo, mas em vários dos bairros de São Paulo que viraram residência dos trabalhadores mais pobres depois que o centro se tornou inviável financeiramente.

Naquela época, era comum que a única infraestrutura oferecida fosse uma linha de ônibus que ligava esses novos bairros à região central. Os próprios moradores se organizavam para construir as residências, individualmente ou em mutirões, num movimento que foi chamado de autoconstrução. Era um processo que levava anos e consumia grande parte do salário e tempo livre dessas pessoas.

“Aquele cara que trabalhava numa indústria, num escritório, os meninos, iam todos para o rio, que sempre trazia areia, e carregavam [a areia] em carroça. Aí, montavam-se olarias para fazer tijolo”, relembra Antonio Auxiliador de Jesus, 65, também um dos primeiros moradores do Capão.

Ele mudou-se de Minas Gerais para São Paulo ainda criança, com a família.

“As primeiras casas eram assim, a gente ia no meio do mato, catava toras de eucalipto, e a serra era uma lâmina grande que o homem fazia no forno”.

Antonio Auxliar de Jesus, morador do Capão Redondo

A vinda da população nordestina transformou profundamente a cidade. As regiões periféricas, onde a maior parte dessas pessoas acabava indo morar, cresceram muito em densidade e extensão, espalhando-se para os municípios vizinhos que hoje compõem a Grande São Paulo.

Do ponto de vista social e político, foi nesse momento que as periferias começaram a desenvolver uma cultura própria mais expressiva, que era a soma das culturas negra, caipira, nortista e nordestina, e também de imigrantes estrangeiros que moravam nesses bairros.

A partir desses legados teve início algo novo, que tomou forma mais definida com o movimento hip hop.

Voz ativa

Nas décadas de 1980 e 1990, jovens de diferentes bairros de São Paulo se juntavam no Metrô São Bento, nocentro da capital, para trocar referências sobre a cultura hip hop, importada dos Estados Unidos, e trazê-la ao contexto nacional. Dali saíram diversos nomes importantes do nosso rap.

Diferente dos moradores mais antigos, que chegaram nos bairros periféricos e os construíram desde o primeiro tijolo, os pioneiros do hip hopfazem parte de uma geração que nasceu e cresceu numa periferia já mais consolidada.

Foram eles que, por meio da música, passaram a definir o que significava ser periférico, abordando temas que demoraram anos para serem observados de forma ampla pela academia e pela mídia.

“O movimento hip hop dá um empurrão, enuncia uma ética regulatória que depois os moradores da periferia vão aplicar nas suas práticas”, explica Tiaraju Pablo D’Andrea, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

No doutorado em sociologia pela FFLCH-USP (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas), Tiaraju estudou o papel de movimentos culturais na formação do chamado ‘sujeito periférico’, que é o indivíduo que passa a reivindicar a periferia como parte de sua identidade, e que tem na arte uma das principais ferramentas de atuação política.

Mais tarde, o professor atualizou a pesquisa e a transformou num livro, “A formação das sujeitas e dos sujeitos periféricos” (2022), pela Editora Dandara.

Dos diversos coletivos e movimentos artísticos que influenciaram o surgimento do sujeito periférico, dentro e fora do rap, quem causou maior impacto foi o quarteto formado por Mano Brown, Ice Blue, Edi Rock e KL Jay. Em outras palavras, os Racionais MC’s.

“Os Racionais foi o grupo que conseguiu captar melhor e de maneira muito sensível o pensamento que rolava nas quebradas, e fez daquilo uma obra artística não só de muita qualidade, mas que também conseguiu ser visível, escutada”

Tiaraju Pablo, pesquisador do CEP (Centro de Estudos Periféricos)

Raio X Brasil

Nas décadas de 1980 e 1990, as periferias de São Paulo enfrentavam um aumento acelerado da pobreza, da violência, do encarceramento e da mortalidade da população negra.

As músicas lançadas pelos Racionais MC’s no período — nos álbuns “Holocausto urbano” (1990), “Raio X Brasil” (1993) e “Sobrevivendo no Inferno” (1997), além do EP “Escolha o seu caminho” (1992) — indicam uma preocupação especial em denunciar essa realidade e buscar modos de combatê-la, além de trazer referências ao contexto urbano da época.

Em boa parte dessas canções, o racismo é indicado como foco do conflito social, porém, ao se posicionarem geograficamente, eles reconhecem a importância da dinâmica territorial nesse sistema.

Para o professor Tiaraju Pablo, a concepção das periferias que os Racionais ajudam a propor parte de três ideias: denúncia da realidade social; necessidade de pacificação dos territórios; e união das diferentes quebradas do Brasil.

Daqui eu vejo uma caranga do ano

Toda equipada e um tiozinho guiando

Com seus filhos ao lado, estão indo ao parque

Eufóricos, brinquedos eletrônicos

Automaticamente eu imagino

A molecada lá da área como é que tá

Provavelmente correndo pra lá e pra cá

Jogando bola descalços nas ruas de terra

É, brincam do jeito que dá

“Fim de semana no parque”, de Raio X Brasil

Cores & Valores

O projeto do grupo foi atualizado conforme a realidade do país foi se transformando. “Nada como um dia após o outro dia” (2002), amplia a variedade de pessoas e situações retratadas na obra, intercalando momentos de exaltação e alegria com outros de melancolia e revolta.

O disco seguinte, lançado apenas em 2014, reflete um país bem diferente, em que pela primeira vez a população preta e pobre começou a ter acesso de maneira mais ampla a espaços e produtos até então inacessíveis.

“Cores & Valores”, a começar pelo nome, tem o poder econômico como tema principal, mostrando o povo preto que pela primeira vez teve liberdade financeira para gastar com outras coisas que não o próprio sustento e sobrevivência. Mas não é um álbum sobre gratidão ou superação, é um acerto de contas.

Também nesse disco são exploradas as tensões que essa nova configuração social causou, já que ela não veio sem conflitos.

Aí, você sai do gueto

Mas o gueto nunca sai de você, morô irmão?

Cê tá dirigindo um carro

O mundo todo tá de olho em você, morô?

Sabe por quê? Pela sua origem, morô irmão?

É desse jeito que você vive, é o negro drama

Eu não li, eu não assisti

Eu vivo o negro drama

Eu sou o negro drama

Eu sou o fruto do negro drama

Fala de Mano Brown em “Negro drama”, em Nada como um dia após o outro dia

Na avaliação do professor Tiaraju Pablo, um dos principais legados da obra dos Racionais MC’s foi quebrar certos mitos sobre a história do Brasil encarnados em São Paulo, como a ideia de democracia racial.

“A década de 1990 era a década em que a cidade se vangloriava como a que tinha a maior frota de helicópteros do mundo, em que proliferavam-se condomínios fechados, em que se inaugurava shopping centers à mesma medida que se erradicava favelas do centro”, diz.

“Tinha um discurso muito forte de uma São Paulo vencedora, das oportunidades, da riqueza”, reflete. “A obra dos Racionais veio pra dizer ‘olha, existe um local dessa cidade, um local que no discurso é oculto e que a gente precisa dar visibilidade.”

Esse lugar é a periferia.

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Matheus Souza

Estudante de jornalismo e correspondente do Grajaú desde 2022. Entusiasta de cinema, livros, música, séries e toda forma de cultura. Fã de caminhadas sem destino definido.

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